Com tantas praias, é difícil indicar só uma que seja “a cara” de Florianópolis. Mesma dúvida aparece quando um turista está na cidade por pouco tempo e deseja visitar aquilo que há de melhor nesse quesito. Talvez a Praia da Joaquina seja a expressão máxima da capital catarinense em termos de areia, mar e vento.

Localizada no Leste da Ilha, distante aproximadamente 17 quilômetros do Centro, a Joaquina tem ondas constantes durante todo o ano. Os campeonatos OP Pro e Hang Loose, em 1985 e 1986, respectivamente, levaram o nome desta praia para todos os cantos do mundo. Os melhores surfistas do planeta frequentaram e ainda frequentam a Praia da Joaquina.

Mas se engana quem pensa essa praia, portanto, só agrada os surfistas. Ela é unanimidade entre os amantes dos ‘tubos’, entre turistas e, principalmente, entre moradores. Mas o que faz, então, a Praia da Joaquina ser tão democrática? Aqui vão alguns palpites:

  1. Faixa de areia espaçosa
  2. Boa infraestrutura
  3. Extensão até perder de vista
  4. Sandboard
  5. Provas de presença indígena

 

1. Faixa de areia espaçosa


 

A primeira possível justificativa possível para a Praia da Joaquina agradar a gregos e troianos está na faixa de areia. Larga e espaçosa, com areia branca e fina, ela acomoda mesas e cadeiras de restaurantes e bares, guarda-sol e cadeira de praia, cangas, pranchas de surfe e até quadras. Não raro, é possível encontrar um grupo jogando futebol, vôlei ou futebol nas areias da Joaca, como também é conhecida.

Lá, a maré alta, nem a ressaca incomodam. Há lugar para todos – mesmo entre o Natal e o Ano-novo, e até no Carnaval – sem tanta disputa por um pedaço da faixa de areia. Diferentemente de outras praias, que tem espaço mais limitado.

 

2. Boa infraestrutura


 

No mar, a convivência entre surfistas e banhistas também é pacífica. Enquanto mais ao fundo há a disputa pelas melhores ondas, na frente é possível banhar-se sem tanto risco. Guarda-vidas, presentes nessa praia o ano todo, dão conta de garantir a segurança de todos.

A infraestrutura também é interessante quando analisadas as opções de bares e restaurantes, já que há sempre ambulantes, barracas e o tradicional restaurante do Maurílio. A praia conta com sanitários (R$ 2), dois hotéis, cinco restaurantes e 14 lojinhas. Existem ainda chuveiros grátis – raridade nas praias de Florianópolis – para tirar a areia e o sal na hora de voltar para casa. Em relação ao acesso, há três amplos estacionamentos e também pontos de ônibus, que garantem o vai-e-vem de visitantes.

 

3. Extensão até perder de vista


 

O nome da Praia da Joaquina é recente. Até a década de 70, a região era conhecida como Praia do Campeche. Isso porque não há divisões físicas entre uma praia e outra. A orla é contínua: tanto na areia, quanto na restinga, que a protege.

Entre a Joaca e o Campeche, surgem novos ‘points’, tais como o Pico da Cruz e o Reefifi no Rio Tavares, além do Novo Campeche. A construção civil, que é recente no local, deu conta de trazer novo público a essa área, que não deixa de ser influenciado pelo mar da Praia da Joaquina. Longas caminhadas entre um ponto e outro podem ser proporcionadas nesse sentido.

 

4. Sandboard


 

Também na areia, mas um pouco mais afastado do mar. Esse é o sandboard, ou surfe na areia, que atrai tantos turistas à Praia da Joaquina. Apesar de também poder ser praticado na Lagoa da Conceição, a atividade, que exige pranchas específicas, encontra maior público na Joaquina, já que as dunas são maiores e têm vistas mais interessantes.

À noite, em frente as dunas, turistas e locais misturam-se ao som de um espaço tradicional de forró. Estamos falando do De Raiz, que recomendamos a visita.

sandboard na praia da joaquina

 

5. Provas da presença indígena


 

Um dos melhores nasceres do sol em Floripa é visto a partir do costão da Praia da Joaquina. O “Arpoador mané” também abriga oficinas líticas, que comprovam a presença dos indígenas que habitaram a região. Portanto, não é só no Costão do Santinho que é possível observar inscrições rupestres.

Mesmo que algumas sinalizações estejam em área de difícil acesso nas pedras e outras já estando extintas, bacias de polimento e afiadores em rochas de granito e basalto podem ser facilmente visualizados na orla esquerda da praia. Esse era o local em que os indígenas produziam as próprias ferramentas.

 

Conclusão


 

A praia que homenageia a dona Joaquina, uma moradora do Leste da Ilha de Santa Catarina que ensinava outras mulheres a renda de bilro e alimentava os pescadores que compareciam à sua casa, é atrativa por vários motivos. Entre eles:

Se interessou pela Praia da Joaquina? Já conhece? Compartilhe conosco nos comentários! E não deixe de visitar o Blackpot Restaurante depois da praia! 😉

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